quarta-feira, 9 de março de 2011

Você se descreve como um camaleão psicodélico. O que você quer dizer com isso?

Sou péssimo em explicações e creio que o entendimento de uma expressão ou conceito é único, em cada pessoa. De toda forma, posso falar sobre o assunto sem compromisso de que alguém me entenda. Vamos começar? "Camaleão Psicodélico" não é uma expressão que eu use para me descrever, apesar de algumas pessoas terem histórias suficientes sobre mim que dariam um bom livro sobre o assunto. É bem possível que eu seja algo parecido com um camaleão, devido à mutabilidade e grande capacidade adaptativa que tenho, assim como os camaleões, os quais se escondem dos olhos desavisados e passam desapercebidos em meio a multidões, em todo e qualquer ambiente. Como reflexo de sua multipolaridade, a qual eu compartilho, camaleões conseguem ser explícitos quando querem e implícitos quando precisam. Camaleões podem ser mais insossos do que uma minhoca, mais insignificantes do que uma formiga e, ao mesmo tempo, tão exóticos como um pavão ou tão grandiosos quanto um mamute. Quanto ao conceito "psicodélico", o significado se refere ao meu lado interior, abstrato e sentimental, o que torna impossível uma explicação detalhada, a menos que você já tenha estadomais do que 10 minutos perto de mim. Uma pessoa que tem capacidade de sorrir enquanto é excruciantemente torturada, que pode gargalhar perante a dor e o sofrimento alheio, que pode mudar de humor assim como um belo e ensolarado dia de verão se torna a mais turbulenta tempestade do ano e que pode chorar também, mas você dificilmente saberá se as lágrimas são de medo ou de prazer. Dissimulado, multifacetado, misantropo, psicótico, mentiroso, perverso, amoral, corrupto e corruptor, assim como olhar por horas através de um caleidoscópio ao ponto de viver uma alucinação psicodélica e sentir que foi levado para dentro de uma pintura surrealista. Quem me conhece, sabe sobre o que estou falando, mas se você não me conhecer, espero que eu tenha sido claro.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Qual é a mania mais esquisita que você tem?

Sou um ser em completo desalinho, repleto de manias e fobias, mas o imensurável, castigável e incontrolável vício de amar sempre será o traço que me torna mais imperfeitamente excêntrico.

O que você tem vontade de fazer, mas não tem coragem?

Me suicidar, simplesmente isso.

O que você acha "o fim da picada"?

Para mim, nada ou ninguém é tão insuportável ao ponto de poder defini-lo como "o fim da picada". Tudo é tolerável, dependendo do momento, do estado de humor e do teor de álcool no sangue.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Oi, tudo bem?

Você prefere a resposta-padrão ou devo explanar sobre cada uma das condições temperamentais que eu possa estar sentindo neste exato momento?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quais são as três coisas que você pensa que se tornarão obsoletas nos próximos dez anos?

Levando-se em conta o padrão de desenvolvimento tecnológico e cultural ao qual o homem chegou na contemporaneidade, muitos dos aparelhos presentes no nosso cotidiano, como o rádio e o motor à combustão, há tempo são considerados obsoletos e, no entanto, não foram totalmente descartados devido à falta de algo que os substitua de forma satisfatória, o que talvez seja possível ocorrer no futuro próximo. Não seria também surpresa alguma se atuais tecnologias de ponta, como a televisão de alta definição ou a telefonia móvel 3G, forem descartadas em alguns anos, uma vez que o crescimento tecnológico tem aumentado de forma exponencial a cada dia. Listar três coisas que imagino se tornando obsoletas nos próximos dez anos é, portanto, um fabuloso jogo de azar, com grandes possibilidades de erro. Contudo, ousadia para arriscar uma jogada não me falta: Em consonância com os costumes da atual sociedade moderna, egocêntrica e materialista, vejo um futuro próximo em que viajar de ônibus, usar banheiros públicos e amar o próximo serão considerados hábitos extremamente antiquados, se não passíveis de punição.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O que seria uma pergunta que vale a pena responder?

Nunca deixei sem resposta uma pergunta a mim dirigida, mas inúmeras foram as ocasiões em que adiei minhas palavras, buscando uma argumentação menos refutável e mais coerente. Toda pergunta não apenas merece uma resposta, sendo mais do que um dever fornecê-la. A dúvida consiste em perceber se realmente cabe a quem fora questionado ofertar tal resposta, assim como talvez não caiba a mais ninguém entender quais os seus critérios para considerar uma pergunta digna de réplica. Ao inquiridor, cabe tão somente o bom senso de perceber até onde sua curiosidade não oprime ou invade a privacidade de quem é interrogado e a paciência de esperar que as respostas sejam oferecidas, afinal, para toda dúvida há uma explicação, mas talvez conhecemo-la sem ainda saber.

domingo, 8 de agosto de 2010

Qual é a coisa em você mesmo que provavelmente deveria jogar fora mas que nunca jogará?

Apesar de saber que tenho muito para melhorar físico e espiritualmente, há tempos aprendi a me aceitar como sou. Sempre busco me aprimorar, mas não mais me prendo a isso, pois sou humano e reconheço meu limite e minha imperfeição. Mesmo talvez sendo uma aparente falta de humildade ou excesso de demagogia, creio ser o conhecimento a única coisa em mim que eu provavelmente deveria jogar fora, mas que nunca poderei fazê-lo, pois uma mente, quando expandida, nunca mais retorna ao seu tamanho original. Beleza e riqueza material são características efêmeras; o saber, por outro lado, é eterno. Compreender minha humanidade e, simultaneamente, perceber que não posso fazer nada para corrigi-la, me torna cada vez mais frustrado e confiante em minha inépcia. O camponês goza considerável paz de espírito, desconhecida do homem de cultura e, como dizia minha avó, a dor é o preço à inteligência.

sábado, 31 de julho de 2010

Se você pudesse ter um encontro com qualquer celebridade, com qual seria?

Levando-se em conta que, nem todo encontro tenha de ser necessariamente um encontro romântico e, principalmente, nem toda celebridade tenha de ser alguém que esteja vivo, gostaria muito de ter uma conversa casual com Deus numa cafeteria ou à beira-mar. Como crítico e curioso nato que sou, tenho muitas perguntas a fazê-lo e, mesmo que não consiga compreender a grandiloquência de suas respostas, sei que a conversa seria infindável. Ademais, sua simples presença física me bastaria.